quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Foi uma vez...

  Eu tinha namorada. Mas não era o que foi em tempos, eu precisava de mais. Mais liberdade, mais segurança, mais paixão, menos amor. Menos amor porque em demasia torna-se em algo inválido. Pode até nem ser mesmo "menos amor" como disse, porque eu não quero falsidade e para isso não acontecer é necessário existir amor, mas preciso de menos "Amo-te", e menos "Estás onde?", e menos "Estás a fazer o quê?", e menos de todas essas coisas. Assim tornei-me no pior namorado.
  Ela, não a minha namorada, perguntou um dia se eu não queria ir ter com ela. Eu aceitei assim que soube que ela estava sozinha. Que nervosinho. Durante aqueles eternos cinco minutos desde minha casa até ao Campera pensei em tudo: "Ela está a gozar-me e não está lá", "Será que posso arriscar?", "Ela gosta de mim, só pode."... Tudo tretas. Tudo correu. Não digo se bem ou se mal, porque estávamos ligados, era uma amizade; contudo já não estamos, ela está ali e eu aqui, não é como antes, agora não consigo nem avista-la. Desapareceu.
  Eu parecia um miúdo. Estava tão nervoso que o meu pé não parava de se queixar quando estávamos sentados. E quando andávamos ela até perguntava se eu estava nervoso por andar tão depressa. Que vergonha.
  Estava feliz, por achar que ela também estava. Eu era um animal carente sem o amor de um bom dono, percebo isto agora. Queria agarrar outro dono e por isso já fazia tudo por ela. Era mesmo um cão que não quer um osso mas sim uma festa. Esse animal só queria que aquela mulher estivesse feliz, porém não ficou. Ficou saturada. Acabou.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Querer é puder!

  Liberdade! Dêem-ma! Preciso dela! Larguem os telemóveis, não vêem que eles nos prendem eternamente?! Sim, prendem-nos! Com eles basta que te liguem a dizer para ires embora, e tu vais, tu obedeces. Sem eles sabes a que horas almoçar, sabes a que horas jantar, ir ali, ou acolá, e vais… Sem eles não é agora, é quando puderes, quando quiseres.
  É como os relógios. Obrigam-nos a comer, obrigam-nos a jantar, a acordar, a ir dormir. Não és livre! E quem te prende é um objecto, um mero objecto! Mas e se não o tivesses? Se não o tivesses comerias com fome, dormirias com sono, irias para a rua e voltarias quando te apetecesse… Serias feliz!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

É pior falar mal português, do que falar mal em bom português!

  Este vídeo caseiro é para todos os que gostam de falar bem português. É para os que não têm vergonha de projectar um palavrão quando ele será bem empregue. É para os que não gostam de os empregar. Este vídeo dá para os velhos e os novos, desde que já saibam os significados do que dizem.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Há gente que fica na história, da história da gente. E na voz dos que sofrem, padecem sinais. Espero que os sinais sejam só isso e, pensando bem ou não, espero que o ponto final deste capítulo não acabe já

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sou Bárbaro por Natureza, mas aprisionei-me em Roma e agora não me aceitam de volta. É assim, pensamos que podemos mudar para melhor, pensamos que podemos ser mais organizados e edificar grandes monumentos. Mas no fim acabam sempre, os pobres romanos, por perder tudo. E aí estão eles, são os bárbaros, fortes e humanos, castros por natureza.