sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Acelero para ir mais devagar

Sim, agora não há outra maneira. Mas não é mau! Que bom! Está a ser perfeito! Correr, saltar, brincar bastante como a criança que sou, conhecer. Sim, não paro de querer conhecer mais este mundo, esta gente, esta beleza. Às vezes sim, é preciso acelerar para voltar a ir bem! Agora é "Bom Ano", o que passou foi ótimo, e o próximo vai ser melhor ainda!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

  Máscaras?
  Sinto que estou rodeado delas! E quando, por vezes, me recaio, enfiam-me a minha. Isto é, passo para o lado mau da coisa. Faço asneira de verdade, sorrio a quem não devia, desiludo quem não devia, isso. Mas logo que reparo nisso tiro-a! Não a quero posta! Ao rossar cria borbulhas. Borbulhas! Que problema! Prefiro a nudez, como toda a gente, no fundo. Todos os mascarados, no fundo, gostavam de ver a sua pele. Nua, perfeita.
  E o que nos faz sermos mais almas é isso! É o fato de nos mostrarmos. Só mostramos o que queremos, é certo, mas quando os corações se conhecem, então o que mostramos é menos do que o que é permitido conhecer! E é assim que eu sei que ela está amuada, ou chateada, ou feliz. É assim que eu sei se devo avançar ou não, abraçar ou não, é assim que eu sei que tenho amigos!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

É a vida...

  Sim, provavelmente é a mulher da minha vida. Mas se não me deixa tornar o homem da sua, então acho que não estou à altura. Sinto que o que preciso é crescer, e para crescer é necessário que seja criança. É necessário saltar, correr, conhecer. O que preciso é que me ralhem, não que me dêem palmadinhas, o que preciso é fazer asneiras, não agradar... O que preciso é viver!
 
Bárbara, é a nova autora deste blog.
Teria muita coisa para dizer sobre ela, mas digo apenas que um segundo ao seu lado já preenche uma vida.

domingo, 26 de dezembro de 2010

“If it’s worth having, it’s worth fighting for.”

Aprendi que as pessoas vêm e vão por alguma razão. Há que aprender a deixar chegar e a deixar partir. Há que aprender a abrir e a fechar o coração. Há que aprender a acertar o relógio e a aposentar as armas. Há que saber o tempo e o lugar adequado a cada luta específica e, principalmente, há que saber esperar.
É difícil, porque, se esperarmos de menos, aqueles por quem lutamos fogem ainda mais depressa, crescendo a distância e a apoucando-se as hipóteses de os voltarmos a alcançar e obrigá-los a renderem-se. Por outro lado, se esperarmos demais, o tempo tira-nos as armas e oferece-as àqueles por quem lutamos. E tão bem que eles as sabem utilizar, disparando certeiramente no nosso coração.
No fim de todas as contas feitas, talvez o melhor seja mesmo lutarmos por nós próprios. E talvez isso envolva lutar por um outro alguém, ou talvez não.


(Decidi virar-te costas e ir embora, mas não vou senti os teus passos no meu encalço. Deste-me tanto avanço que me perdeste de vista. Esqueceste-te de que sou rápida ou aposentaste as armas de vez?)

domingo, 19 de dezembro de 2010

Hoje, doente, só espero que, no fim, depois de chorarem por ter partido, sorriam com uma lágrima por eu ter vivido.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Voadores" da actualidade

Do meu teste de Língua Portuguesa, saiu uma boa nota e isto:

  "Voar mais alto!" é o lema de todas as criaturas que se auto-identificam como inteligentes. Dou o exemplo de qualquer homem. Tão armado de luxo desde que sai do ventre da mãe, que é impossível desabituar-se à deslumbrante miséria em que os mendigos vivem. Querem sempre mais: mais roupas caras, mais mulheres bonitas, mais dinheiro no bolso, mais felicidade. Perdão! Mais felicidade não! Mais amostras disso... Isso só se consegue quando se perde: quando se perde um avô, e uma prima, e um pai, e uma irmã, quando se perdem os filhos que saem de casa porque querem armar-se com ainda mais falsos luxos, e quando até a esposa perdem. Nessa altura é impossível ser-se feliz. É impossível ser-se feliz porque se desce à terra, perde-se a vaidade e ganha-se a generosidade. Dá-se então valor à vida. Mas adivinha, já é tarde demais!